Desde que me entendo por gente eu sonho em conhecer o mundo. Quero ver lugares, pessoas, sabores e aromas diferentes. Sempre acreditei que ficar em um único lugar a vida inteira era pequeno demais para mim. Sabia que poderia rodar por todos os continentes e encher minha cabeça de conhecimentos e histórias. Confesso que tive medo, era nova demais e estar sozinha longe de casa me assustava. Por sorte eu me desafiei e fui atrás do meu sonho pela primeira vez na vida.
Nessa época eu ja morava sozinha em uma cidade grande, mesmo assim eu nunca fiquei mais de cem quilômetros de distância da minha família. Até que eu terminei um relacionamento longo e decidi: é hora de ir para um lugar desconhecido. Conversei com meus pais e eles aceitaram me apoiar nessa – como eles disseram – loucura.
Tinha dezenove anos quando sai do pais pela primeira vez, o destino: Londres. Fui fazer um curso de inglês e moda por um mês. Escolhi fazer todo processo por uma agência, e dois meses depois eu senti aquele frio na barriga enquanto embarcava. Foram quatorze horas até a cidade dos meus sonhos, durante o voo eu comecei a experimentar essa nova cultura. As “guloseimas” servidas no avião da British Airways eram completamente diferentes dos daqui. E eu estava encantada.
Depois do empurrão inicial tudo fluiu, o medo se dissipou, foi tão fácil quanto viver em São Paulo – até mais – eu podia ir e vir com muita facilidade. Conheci pessoas que guardo no coração até hoje, fui a lugares que nunca imaginei ir e vi estilos e roupas completamente diferentes. O cheiro da cidade era uma mistura de selvagem e urbano, o clima era leve e fresco e a multidão era inimaginável.
Estar sozinha la – e pela primeira vez – me ensinou que eu consigo fazer coisas por mim e que é uma delicia levar meus pensamentos para passear. Estar sozinha me mostrou que se estou bem comigo tudo vai bem e não é necessário me rodear de pessoas para ser feliz. O sentimento de liberdade é o meu preferido, pois ele me trouxe alegrias, descobertas e me fez ver que o mundo vai muito além do meu umbigo. Aprendi a respeitar pessoas pelo o que elas são, suas histórias e vivências. Ninguém é igual a ninguém e só vemos isso depois que saímos de casa.
Me descobri uma mulher forte – não mais uma menina – que poderia ganhar mundo. Se eu puder dar um conselho para você que está me lendo é: Vá viajar sozinha! Não existe nada melhor.
Me conta como foi sua primeira experiência viajando sozinha? Vou adorar saber ❤
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